Uma carga de
6.820 placas de memória e 2.480 discos rígidos (HDs) foi apreendida pela
alfândega da Receita Federal no Porto de Suape, no Litoral Sul de Pernambuco.
Os detalhes do caso foram apresentados nesta sexta-feira (7). Os produtos de
informática foram enviados ilegalmente ao Brasil e estavam escondidos dentro de
248 nobreaks (fontes de energia para computadores). A importação veio dos
Estados Unidos e chegou ao porto na última segunda (3). A carga está avaliada
em mais de R$ 3 milhões. Além dos nobreaks, ainda havia mais de 4 mil teclados.
A conferência física foi realizada com a ajuda de aparelhos de raios-x.
"No teclado, não tinha nada. Os nobreaks não funcionavam, pois eram ocos
por dentro, só tinham a capa. Alguns tinham 55 cartões de memória e outros
continham 20 HDs", conta o inspetor-chefe da alfândega de Suape, Carlos
Eduardo Oliveira. A fiscalização aconteceu após um alerta da alfândega do Porto
de Salvador. "Detectaram esses produtos escondidos dentro de outros e,
quando olharam no sistema, viram que tinha uma carga da mesma empresa chegando
em Suape. Eles nos passaram o aviso, conferimos e vimos que a carga estava
'recheada'", diz o inspetor-chefe. Em Salvador, foram apreendidos cinco
switches, aparelhos para conectar computadores em redes, com 2.100 pentes de
memória para computador escondidos. A Receita Federal aplicou uma "pena de
perdimento" ao importador, que perdeu todos os direitos sobre o material,
e irá encaminhar uma denúncia ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Toda
a carga foi apreendida pela Receita Federal e deve ser encaminhada para leilão.
sexta-feira, 7 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
CONHECENDO O CHROME OS: ENTENDA O SISTEMA OPERACIONAL DO GOOGLE
Nos
últimos meses de 2013 a Amazon registrou um enorme número de vendas de
notebooks equipados com o Chrome OS (algo em torno de 20% do total), sendo uma
das primeiras vezes que o então monopólio do Windows ficou tão ameaçado. O
sistema da Microsoft ainda possui uma parcela generosa de vendas em máquinas
OEM, mas não são poucas as previsões de que o jogo está ficando cada vez mais
difícil, em especial pela baixa popularidade do Window 8 e 8.1; O Chrome OS é
resultado dessa rejeição, e está com uma excelente adoção no mercado americano,
vindo instalado em modelos na casa dos US$ 200 e comprindo boa parte das
necessidades do usuário comum. Considerando que ele ainda é um ilustre
desconhecido, neste artigo vamos conhecê-lo um pouco melhor, já que uma das
poucas opções disponíveis no Brasil é um modelo já antigo da Acer, sendo um dos
primeiros da série dedicada ao Chrome OS.
O QUE É O CHROME OS?
É
um comportamento padrão de muitos usuários ligar a máquina, fazer o login e
abrir um navegador, e o Chrome OS é basicamente uma personificação desse fato.
Imagine que você tem um netbook (ou Chromebook, como é chamados o notebook com
Chrome OS) cujo sistema operacional é o próprio Google Chrome e os
"programas" são as extensões disponíveis na Chrome Web Store.
Adicione um player de música (sincronizado com o Google Music, naturalmente) e
uma aba de configurações (a mesma do navegador) que inclui algumas funções adicionais,
além de um gerenciador bastante simples de arquivos. Esse é o Chrome OS.
O QUE É O CHROME OS É LIMITADO?
É
claro que sim! Porém, independentemente de sistema operacional e configuração
de hardware, boa parte das funções que a grande maioria dos usuários realiza no
computador é feita dentro de um navegador. E não estamos nos referindo apenas
ao Facebook e ao Twitter, mas também a ler notícias, escutar músicas (em sites
como Deezer, Grooveshark e Stereomood), assistir a filmes (Youtube, Netflix) e
a mais uma infinidade de funções. É aí que o Chrome OS entra em cena. Screenshot
01 - Chrome OS Há versões com
processadores Intel x86 e ARM, e destacamos o suporte nativo ao segundo tipo de
arquitetura. O motivo? Esse chips precisam de muito pouca energia para
trabalhar, o que, em um futuro talvez não tão distante, seja capaz de fazer com
que os Chromebooks sejam cada vez mais finos, leves (afinal, o sistema de
refrigeração tem uma porcentagem significativa no peso) e possam trazer uma
autonomia bem maior. Já se imaginou, daqui a alguns anos, comprando laptops que
funcionam o dia inteiro fora da tomada por padrão? Por que é legal? Novamente,
independentemente do sistema operacional, utilizar um computador requer um
mínimo de conhecimento do sistema (algo observado em pequenos momentos, como
quando sua avó pergunta como procurar uma receita de bolo), e, mais do que
isso, exige uma certa dedicação a manter o sistema sempre rápido, seja rodando
um CCleaner para remover os arquivos temporários e desfragmentando o disco até
manter o sistema atualizado. O Chrome OS se destaca nesse ponto exigindo tanta
manutenção como o seu smartphone necessitaria (nenhuma, na maioria das vezes).
O usuário não precisa se preocupar com atualizações, otimizar o sistema ou
qualquer tipo de gerência. Basta ligá-lo e ser feliz, o que o torna ideal para
pessoas que querem uma máquina para viajar e não querem ficar lidando com as
mudanças de humor de seu sistema. Basta apenas ligá-lo e utilizá-lo sem maiores
complicações. Screenshot 03 - Chrome OS . Outro ponto é que, por ser
basicamente um navegador com algumas funções extras e construído em cima de um
kernel Linux, qualquer Intel Celeron está apto a rodá-lo sem enfrentar lentidões.
Como dissemos acima, o Chrome OS roda em processadores ARM também, os mesmos
que equipam o seu smartphone ou tablet, caso do Samsung Chromebook que traz um
Exynos 5 dual-core. A performance relativa em relação aos processadores Intel
(não encontramos opções equipadas com CPUs AMD) é consideravelmente menor, mas
eles possuem algumas vantagens interessantes. Em primeiro lugar, eles não
precisam de um sistema de refrigeração ativo com cooler, o que, com o
armazenamento SSD, faz deles os primeiros representantes de uma geração de
laptops sem partes móveis. Não emitem ruído, nem esquentam demais e são menos
propensos a defeitos mecânicos (com exceção da dobradiça da tela, claro). Além
disso, chips ARM são perfeitamente capazes de decodificar músicas de alta
qualidade e vídeos em HD com processamento via hardware, isso quase sem
consumir energia.
E QUAIS SÃO OS PROBLEMAS DELE?
Como
nem tudo são flores, é natural esperar certas limitações do Chrome OS,
especialmente considerando que ele é um sistema bem mais novo do que o Windows,
o Linux e o OS X. A principal crítica que vem à mente da maioria das pessoas é
a sua forte dependência de uma conexão de internet, que de fato é justificada,
mas merece uma análise mais completa. Afinal, o que você costuma fazer com seu
computador quando está sem conexão? Qualquer máquina vira um enorme (e caro)
peso de papel sem internet, umas mais do que outras. O Chrome OS inclui alguns
apps que funcionam sim de forma offline, algo que vale a pena deixar claro.
Você não precisa de uma conexão com a internet para escutar músicas e ver
filmes armazenados no disco, como em qualquer outro sistema. Screenshot 02 -
Chrome OS Apps como Pixlr TouchUp,
calculadora, entre outros, não requerem conexão, mas os próprios apps do
Google, como Gmail, Drive e Office (Docs, Planilhas e Apresentações)
estranhamente precisam. Isso é no mínimo estranho, já que faria muito mais
sentido disponibilizar as suas funções de forma offline e sincronizar os dados
salvos quando a máquina ficasse online, concordam? Certamente faria com que
eles fossem muito mais utilizados. Outro ponto: o Chrome OS não é uma máquina
de produção. Não é uma máquina para qualquer usuário que precise fazer alguma
tarefa mais avançada. Por exemplo, ele inclui alguns apps bacanas, como o Pixlr
TouchUp mencionado acima, capaz de fazer algumas edições básicas, mas está
longe de ser uma máquina em que você ficaria confortável ao utilizar no
escritório. Como segundo computador, por outro lado, ele começa a ser uma boa
opção.
O QUE PODERIA MELHORAR?
A
Chrome Web Store conta com uma infinidade de apps, mas ainda está longe de
atender aos usuários que precisam de um pouco mais de suas máquinas. Uma adição
útil ao Chrome OS seria o suporte nativo aos apps do Android, afinal, além do
fato de estes rodarem em chips ARM, ambos os sistemas pertecem à mesma empresa,
então por que não? Um primeiro passo, porém, seria adicionar versões offline
dos apps do próprio Google, o que já ajudaria significativamente a sua adoção. Outro
ponto: a versão mais "top" que
roda o Chrome OS é o Chromebook Pixel, um modelo com processador Intel Core i5,
4 GB de memória RAM, tela de 12,85 polegadas com densidade de pixels maior do
que os Macbooks Retina e que ainda por cima é touchscreen. É uma máquina
excelente, de construção impecável, mas preço alto até mesmo para os padrões
americanos (cerca de US$ 1.300) e que também só funciona bem online. E é a
única. Screenshot 04 - Chrome OS A
verdade é que boa parte dos usuários considera a máquina em si, não só o SO, um
requisito essencial na hora da compra. Com exceção do Pixel, só há mesmo
modelos de baixo custo, caso do Acer equipado com um processador Haswell... só
que é um Celeron. O argumento aqui não é se é necessário mais potênca ou não,
mas sim que alguns usuários gostam de máquina de ponta. Faltam modelos
intermediários e avançados para atender a esse público. Isso seria facilmente
resolvido se o Google disponibilizasse o Chrome OS para download. Ele não é um
sistema como o Windows ou o Linux, que pode ser encontrado na internet, baixado
e instalado pelo próprio usuário, e o motivo de o Google manter um controle tão
forte sobre o sistema, disponibilizando-o apenas para OEM, ainda é um mistério.
Certamente muitos usuários ficariam contentes em dar uma vida nova àqueles
netbooks com Atom de primeira geração, dando-o vida e oportunidade de ser útil
em seu dia a dia como uma máquina portável.
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