No início do século passado e até a década de 90,
o mercado de trabalho era outro. A vasta maioria dos trabalhadores era
constituída por pessoas que trabalhavam com as mãos. Posteriormente, o mercado
de trabalho ganhou algumas nuances. Porém, até aí, bastava ter o conhecimento
técnico específico relacionado à vaga, que o candidato estava contratado, sem
pestanejar; e, tinha a seu favor, um emprego quase que vitalício. Antes da
Primeira Guerra Mundial, não havia sequer uma palavra para designar as pessoas
que ganhavam a vida realizando atividades não-manuais. A expressão trabalhador
do setor de serviços foi cunhada por volta de 1920, nos Estados Unidos. (Peter
Drucker, 2001) O modo de produzir, no século passado, por sua vez, era outro
também. As empresas que possuíam uma estrutura de treinamento, focavam no
adestramento. Todas as ações de treinamento limitavam-se a simulações ou a
treinamentos formais em sala de aula, dentro das próprias fábricas. Treinamento
individual, sistemas tutorias inteligentes, aprendizagem baseada no
conhecimento, transformação do conhecimento individual em conhecimento grupal,
para mencionar alguns, são métodos e técnicas que só hoje a área de recursos
humanos pontua na busca da melhor qualificação de seus colaboradores. No que
diz respeito às empresas e as carreiras; elas eram projetadas para que o
funcionário subisse “degrau por degrau”, escalando verticalmente o organograma
de funções. O tempo de casa era o fiel da balança para uma possível promoção
e/ou aumento de salário. O mérito era preterido pelas empresas. As regras de
ascensão profissional eram estas. Não se discutia este modelo. Hoje em dia isto
mudou. Os trabalhadores do século XXI precisam ter a legítima formação naquilo
que se predispõem a trabalhar / desempenhar, bem como ser possuidores de uma
educação geral. E, o mais importante de tudo, aprender continuamente. Empregabilidade,
portanto, deriva do termo em inglês employability, que significa ter a
capacidade ou a habilidade de se manter empregado e/ou tornar-se empregado. Por
outro lado, emprego é uma relação contratual de trabalho, onde, via de regra, o
trabalhador oferece por prazo determinado suas qualificações / especialidades /
experiência, em troca de dinheiro. Simbolizado pelo salário.
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